De imediato, foram mobilizados para o local meios da Polícia Marítima e da Capitania para avaliação da situação, constatando tratar-se de um veleiro com cerca de 12 metros, de bandeira Belga e com cinco tripulantes a bordo, nenhum deles em risco.
O veleiro tinha saído do porto de Sines cerca das 11h00 e face ao agravamento de estado do mar e vento o timoneiro tentou abrigar no portinho de Porto Covo, vocacionado para pequenas embarcações de pesca local de boca aberta. Face às características, dimensão e pouca profundidade no local, a embarcação teve dificuldade em manobrar e acabou por encalhar junto a terra.
No decorrer do dia e durante a noite o pessoal da capitania colaborou na preparação da amarração da embarcação de forma a aguentá-la durante a próxima enchente e precaver que sofresse danos ou fosse arrastada mais para terra, o que dificultaria as operações de desencalhe, na preia-mar da madrugada seguinte. Foi possível colocar a embarcação a flutuar cerca das 24h00 e, durante madrugada, foi reforçada e preparada a amarração para permitir que a embarcação pudesse sair no dia seguinte.
No dia 21 de julho, durante a tarde, depois de verificadas as condições de segurança para navegar, o veleiro saiu do portinho com acompanhamento da embarcação da Estação Salva-vidas de Sines e dirigiu-se ao porto de recreio de Sines, onde veio a entrar em segurança, de forma a aguardar melhoria das condições de mar e vento.
Nesta operação estiveram envolvidos elementos da Capitania, do Comando-local da Polícia Marítima e da Estação salva-vidas de Sines, bem como o pessoal do projeto “Sea Watch”, de vigilância nas praias.
A embarcação foi sujeita a vistoria inicial e final por perito da Capitania, para avaliação dos danos e das condições para navegar em segurança.
A Polícia Marítima acompanhou a operação e procedeu a averiguações de forma a apurar as causas do incidente.