Nesta operação, que contou também com a colaboração do
Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da EUROPOL, para
além dos sete detidos (três ficaram em prisão preventiva), foram apreendidas
seis viaturas, cerca de 78 mil euros, 10 redes de meixão, nove tanques de
conservação de meixão com equipamentos de refrigeração, material destinado à
preservação e tráfico da espécie por via aérea ou terrestre, telemóveis e
bloqueadores de sinal, bem como exemplares de meixão, diversas armas de fogo,
cartuchos, armas brancas, droga, 24kg de marfim trabalhado e máquinas de contar
dinheiro.
Esta operação resultou de uma investigação com cerca de um
ano, coordenada pela Polícia Marítima em conjunto com a ASAE e apoiada pela PSP
e pelo ICNF, na qual foram executados 13 mandados de busca e apreensão, e teve
como objetivo o desmantelamento de uma rede organizada que se dedicava ao
tráfico internacional de espécies protegidas (meixão) entre Portugal e países
asiáticos, onde o quilograma deste produto se transaciona por cerca de 6.500
euros, havendo também indícios de associação criminosa, branqueamento de
capitais e prática de crime de danos contra a natureza.
A enguia europeia (espécie anguilla anguilla),
cujo termo "meixão" designa o seu estado final da fase larvar, consta
como espécie protegida na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies
de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção e a sua captura pode ser
qualificada como crime de "Danos contra a natureza".
