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Autoridade Marítima Nacional alerta para o aparecimento de caravelas-portuguesas e de águas vivas na zona de Cascais e Lisboa

10 mai 2019 19:20

Durante os últimos dias foram avistadas várias caravelas-portuguesas (uma espécie aquática parecida com a alforreca) e águas vivas (também conhecidas como medusas ou alforrecas) nas praias de São Pedro do Estoril, de Carcavelos e de Costa da Caparica pelo que a Autoridade Marítima Nacional alerta para que evite o contacto com estes organismos.

​No caso de haver contacto com a caravela-portuguesa ou com águas vivas, os banhistas deverão ter em conta alguns procedimentos, nomeadamente:

- Não esfregar ou coçar a zona atingida para não espalhar o veneno;

- Não usar água doce, álcool ou amónia;

- Não colocar ligaduras;

- Lavar com cuidado com soro fisiológico;

- Retirar com cuidado os tentáculos (caso tenham ficados agarrados à pele) utilizando luvas, uma pinça de plástico e soro fisiológico;

- Aplicar uma camada fina de pomada própria para queimaduras, quando em contacto com as águas vivas;

- Consultar assistência médica o mais rapidamente possível.

 Os sintomas da picada da caravela-portuguesa são dor forte e sensação de queimadura (calor/ardor) no local e ainda irritação, vermelhidão, inchaço e comichão. Algumas pessoas, especialmente sensíveis às picadas e venenos das caravelas portuguesas, podem ter reações alérgicas graves, como falta de ar, palpitações, cãibras, náuseas, vómitos, febre, desmaios, convulsões, arritmias cardíacas e problemas respiratórios. Nestes casos devem ser encaminhadas de imediato para o serviço de urgência.

A caravela-portuguesa tem o nome científico de "Physalia physalis" e vive na superfície do mar graças ao seu flutuador cilíndrico, azul-arroxeado, cheio de gás. Os seus tentáculos podem atingir 30 metros e o seu veneno é muito perigoso.

As águas-vivas, também conhecidas como medusas ou alforrecas, são espécies gelatinosas que vivem no mar, na coluna de água ou à superfície, e podem ter diferentes tamanhos, formas e cores. Estas espécies têm tentáculos que podem libertar um líquido, potencialmente urticante e perigoso. Este veneno serve para paralisar pequenos seres, dos quais se alimentam, ou como mecanismo de defesa.

 O contacto com uma água-viva pode produzir irritação na pele e até queimaduras ou outras reações graves e prejudiciais.