A chegada à praia é frequentemente acompanhada com informação da temperatura do ar, da água e das horas da maré. Mas é importante ter em atenção outras informações que lhe podem ser transmitidas, tanto pelos nadadores salvadores como pela sua própria observação do mar.
Existem três processos oceanográficos que ocorrem à beira-mar e que podem constituir perigo para o banhista. São eles: a rebentação das ondas, a corrente de deriva litoral e os agueiros.
As ondas chegam à costa com diferentes alturas e rebentam junto à praia com diferentes formas, dependendo do declive da beira-mar. Praias com declives mais acentuados originam uma rebentação mais forte e perigosa. Quando a altura da onda é grande e o declive da beira-mar é forte, as ondas colapsam diretamente na face da praia e originam um escoamento de retorno capaz de derrubar as crianças e as pessoas mais idosas, arrastando-as de volta para o mar.
Por outro lado, quando as ondas chegam à praia orientadas de forma obliqua à linha de costa, forma-se uma corrente ao longo da praia capaz de deslocar um banhista distraído algumas dezenas de metros, para a direita ou esquerda do ponto onde entrou. Apesar de não constituir um perigo à segurança de cada um, pode desorientar as crianças, que ao saírem da água, após um banho mais prolongado, não encontram o seu chapéu de sol, ou familiares. A esta corrente chamamos de deriva litoral e é mais forte quanto maior for a ondulação, mais obliqua for a sua chegada e mais intenso estiver o vento.
A maré faz deslocar a rebentação das ondas para zonas diferentes da beira-mar. A linha de baixa-mar encontra-se mais afastada numa zona onde o declive da praia é menos acentuado. Na baixa-mar a corrente de retorno é reduzida mas a corrente de deriva litoral tende a ser mais intensa.
Por outro lado a linha de preia-mar encontra-se mais próximo dos chapéus de sol numa zona onde o declive é maior. É na preia-mar que as ondas tendem a rebentar em cima da praia, com mais força e criando uma corrente de retorno mais perigosa.

