Nos respetivos sacos das redes estavam retidos cerca de seis quilos de meixão que foram de imediato devolvidos às águas do rio, correspondendo a cerca de 18,000 exemplares e um valor comercial aproximado de 1,800€.
Desta infração foram levantados três autos de notícia e apreendidas as artes de pesca ilegal, que serão destruídas decisão judicial.
A pesca e comercialização de meixão, ou seja, enguia em estado larvar, continua a ser uma prática reiterada por ser uma atividade económica lucrativa, sobretudo na venda para Espanha, cujos comerciantes e consumidores pagam preços elevados. A sua captura é feita com redes de tela, cuja utilização é proibida no rio Douro, em virtude do diminuto tamanho da malha. Tais redes são constituídas por uma parede de tela e terminam num “saco”.
Estas telas são deitadas à água por pescadores, com maior incidência nas noites de lua nova, utilizando e deslocando-se pelo rio em embarcações de pesca ou de recreio, cuja tripulação é constituída por dois a quatro elementos. As redes são colocadas na maré baixa e levantadas no período vulgarmente designado por “encontro de marés”, na preia-mar. Tal sucede, no rio Douro, nas zonas de Afurada, Oliveira do Douro, Avintes, Arnelas, Ribeira de Abade, Gramido, Atães e Foz do Douro, entre outras.

