Direção de faróis

Farol da Berlenga

Ilha da Berlenga. Data de estabelecimento: 1842. Latitude: 39º 24’,99 N, Longitude: 09º 30’,47 W.

​O farol da Berlenga, ponto de referência na ilha, não só para a navegação mas também para quem a visita, começou por constar do alvará pombalino de 1 de fevereiro de 1758, que o mandava edificar.

A verdade é que o farol da Berlenga não viria a ser concretizado ao abrigo deste alvará. Uma Portaria do Ministério da Fazenda de 12 de dezembro de 1836, determina a construção, entre outros, do farol das Berlengas, encarregando também o engenheiro Gaudêncio Fontana dessas novas construções e na melhoria dos faróis existentes.

O farol entrou em funcionamento em 1842. Instalado numa torre com 29 metros de altura, o equipamento era constituído por um aparelho catóptrico, composto de dezasseis candeeiros de Argand, funcionando a azeite, com refletores parabólicos, dando luz branca, eclipses de 3 em 3 minutos e relâmpagos de 10 segundos. Já tinha movimento de rotação ativado por um mecanismo de relojoaria.

Foram acesas duas luzes provisórias em 1896, até se acabar de montar um novo aparelho ótico hiper-radiante. Este aparelho só principiaria a funcionar definitivamente em 6 de novembro de 1897, efetuando uma rotação completa em 30 segundos, apresentando neste espaço de tempo um grupo de três relâmpagos. Os faróis provisórios foram retirados. A fonte luminosa passou entretanto a ser a incandescência pelo vapor do petróleo, produzindo-se a rotação da ótica através da máquina de relojoaria.

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O farol foi eletrificado através de motores geradores em 1926, passando a fonte luminosa a ser uma lâmpada, cuja intensidade luminosa era da ordem das 27.000.000 velas decimais, garantindo um alcance luminoso de 36 milhas.

A partir de 1985 passou a utilizar-se um pequeno trator para o transporte de materiais do cais até ao farol. Neste mesmo ano o farol foi automatizado, retirando-se a ótica hiper-radiante e montando-se em seu lugar um PRB 21. Um dos painéis da ótica encontra-se no museu da DF e outro no farol museu de S. Marta.

O farol e residências passaram a funcionar a energia solar a partir de 2000 sendo retirado o antigo aparelho (PRB 21). Foi montado um moderno farol rotativo de alto rendimento (TRB-400), com um alcance luminoso estimado de 20 milhas náuticas e a instalação de equipamentos de baixo consumo nas residências. Ficou com grupos eletrogéneos de reserva. O sinal sonoro CEFA 1000 foi substituído por um LIEX 710-23.

O Prémio Defesa Nacional e Ambiente, que tem como objetivo incentivar as boas práticas ambientais nas Forças Armadas Portuguesas, foi atribuído à Direção de Faróis em 2001, pela candidatura apresentada pela Marinha portuguesa, “Energia Solar no Farol das Berlengas”.

Em 2009 foi retirado o moderno farol rotativo de alto rendimento (TRB-400) e substituído por duas óticas de Leds.

LOCALIZAÇÃO: PONTO MAIS ELEVADO DA ILHA DA BERLENGA

FUNÇÃO: COSTEIRO

ESTABELECIMENTO: 1842

LATITUDE: 39º 24',99 N

LONGITUDE: 09º 30',47 W

ALTURA: 29 m

ALTITUDE: 121 m

ALCANCE: 20 M (37Km)

CARATERÍSTICA: Fl W 10s​

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