O alerta foi recebido às 18h33, transmitido pelo sistema “Cleanseanet”, um sistema de deteção de focos de poluição no mar, pertencente à “European Maritime Safety Agency (EMSA)”, que é operado em permanência no COMAR. Neste sistema foi verificada, por rastreio de imagem satélite, a localização de uma eventual mancha de poluição, situada a cerca de 14 milhas náuticas a Oeste da Ericeira, que apresentava uma extensão de cerca de 10 quilómetros de comprimento.
Neste seguimento foi solicitada a colaboração do Instituto Hidrográfico, na elaboração de uma estima de deriva da mancha de poluição, tentando antever os possíveis locais/cenários de impacto em terra, caso a pior situação se viesse a verificar.
Foi também diligenciada a correlação com as embarcações que passavam na zona, por forma a garantir uma identificação positiva do navio responsável pelo incidente, o que foi conseguido posteriormente através dos meios e equipamentos disponíveis no MRCC Lisboa.
A mancha acabou por ser correlacionada com o navio de passageiros COLUMBUS, que foi de imediato interpelado pela Autoridade Maritima, acabando o seu Comandante por informar que possivelmente o alerta teria sido causado pelo esvaziamento de 230 toneladas de água proveniente das piscinas de bordo, não poluída, mas contendo as mesmas cerca de 2 ppm (partes por milhão) de cloro, o que poderia ter resultado na deteção realizado pelo sistema antipoluição.
Após nova passagem do satélite EMSA, ontem, dia 3 de janeiro, no período da manhã, confirmou-se a informação recebida, tendo o alerta sido desativado, não havendo necessidade de intervenção subsequente ou perigo para as comunidades costeiras.
O Comando-local da Polícia Marítima de Cascais e a sua Extensão na Ericeira mantiveram-se de prevenção e prontos a atuar na primeira linha, nas eventuais operações de combate à poluição do mar que fossem necessárias, conforme previsto no Plano Mar Limpo (PML), durante todo o período em que ocorreu esta investigação e seguimento da mancha de poluição reportada.