Durante a operação, a UCIC executou 26 mandados judiciais de busca e apreensão domiciliária e não domiciliária, deteve três pessoas e constituiu sete arguidos. Apreendeu ainda cerca de 77kg de meixão vivo e 18kg congelado, quatro viaturas, cerca de 4.000 euros em dinheiro, diversas armas de fogo e armas brancas, apetrechos de pesca, material de acondicionamento, malas de viagem, tanques e material de oxigenação, vários documentos e provas digitais e produto estupefaciente (cocaína e cannabis).
Esta investigação, que decorria há dois anos, pela UCIC da Polícia Marítima, já tinha contado com a detenção em flagrante delito de 21 indivíduos de várias nacionalidades e com a apreensão de cerca de 420kg de meixão, na fase de transporte por via aérea, e de 293kg de meixão, durante o transporte por via terreste. As apreensões no âmbito do inquérito totalizaram mais de 800kg de meixão.
A enguia europeia (espécie anguilla anguilla), cujo termo "meixão" designa o seu estado final da fase larvar, consta como espécie protegida na Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), podendo a sua captura ser considerada crime de "danos contra a natureza". De acordo com a EUROPOL, à data de dezembro de 2023, um quilograma desta espécie protegida – anguilla anguilla –, equivale a um valor monetário de cerca de 6.500€/kg.
A operação contou também com a colaboração dos elementos dos Comandos Regionais da Polícia Marítima, do Grupo de Ações Táticas (GAT) da Polícia Marítima, da PSP, da GNR e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Esta operação está inserida na Plataforma Multidisciplinar Europeia contra Ameaças Criminais (EMPACT).